Os nossos arquitetos foram contratados para desenhar a reabilitação e ampliação com construção nova de uma Adega no Douro, mais propriamente em S. João da Pesqueira. A adega Quevedo é uma impostante casa de vinhos do Douro que agora ganha uma nova imagem global e consistente. Quer a produção, quer a atividade turística convivem agora em perfeita harmonia.
Adega no Douro
Imagens
Este projeto localiza-se na Quinta Nossa Senhora do Rosário em S. João da Pesqueira. O local pode ser visitado e aqui estão as coordenadas no google maps.
A Arquitetura da Adega no Douro
A intervenção apresenta duas vertentes. Por um lado, pretende-se reorganizar a adega existente. Por outro pretende-se ampliar todos os aspetos da produção e exploração. A estratégia assentou assim na criação de uma linguagem arquitetónica de conjunto que permite associar a marca Quevedo a um edifício único e emblemático.
O edifício procura recuperar a tradição construtiva do Douro de naves longitudinais que cresceram ao longo do tempo em redor de pátios agrícolas. Deste modo o conjunto edificado consiste numa sequência de volumes de maior ou menor dimensão que geram a perceção de um pequeno aldeamento no Douro. O projeto de arquitetura consegue, portanto, transformar um edifício de enorme escala nuns conjuntos de construções devidamente integradas na envolvente.
O licenciamento do projeto
O projeto de licenciamento decorreu com normalidade na Câmara Municipal de S. João da Pesqueira. Contudo é conveniente referir que esta zona pertence ao Douro – Património mundial da Unesco e como tal qualquer pedido de licenciamento tem necessariamente de obter parecer positivo da Direcção Geral de Património Cultural. Este caso não foi exceção e o parecer positivo foi muito importante. Ao mesmo tempo, foi também fundamental o parecer positivo da Proteção Civil.
O uso Agroindustrial
Um edifício agrícola como uma adega possui nos dias de hoje uma forte componente industrial. Neste sentido, torna-se muito importante que o gabinete de arquitetura domine as mais recentes tecnologias de vinificação, depósito de vinhos, engarrafamento, embalamento, logística e por fim até a atividade turística.
O edifício no piso de rés do chão possui a linha de produção que começa na vinificação, ao seu lado tem os depósitos e de seguida possui o engarrafamento e embalamento, reduzindo-se desta forma todos os cruzamentos prejudiciais à atividade agroindustrial. Assim, na zona norte encontram-se os espaços de reunião e provas que acolhem a atividade turística. Nas caves encontram-se os depósitos de vinhos mais antigos e as provas de vinhos ligadas à atividade turística. Existe ainda um percurso em mezanino sobre toda a atividade industrial onde o turista pode observar todo o processo de produção sem interferir com a segurança e produtividade das instalações.
Os componentes fundamentais da adega foram cuidados ao pormenor:
Vinificação
Optamos por uma nave conjunta pois permita a máxima flexibilidade e a incorporação de tecnologia recente.
Depósitos
Desenvolvemos o máximo de controlo térmico e de eficiência energética garantindo excelente qualidade para o vinho.
Engarrafamento
Criamos uma linha em formato ‘U’ garantindo o mínimo de mão de obra e o máximo de eficiência.
Embalamento
Desenvolvemos um espaçamento de paletes e corredores otimizado de modo a aumentarmos a capacidade de armazenamento.
Turismo
A atividade turística desenvolve-se em paralelo com a industrial. Mas progride sem interferir com os processos de transformação ou transporte de produtos.