A casa destinada a uma família numerosa nasce na zona sobranceira do terreno, impondo-se sobre a paisagem. No interior o pátio protege-a do duro clima das beiras. Para o arquiteto, a sustentabilidade é um objetivo desde o início. Assim, desde o aproveitamento da água das chuvas, até à manipulação da energia solar passiva, passando pelo desenvolvimento de um isolamento térmico excelente, tudo consideramos no sentido de obter a maior autonomia energética.
Casa sustentável na Covilhã
Imagens
A sustentabilidade no projeto da casa
Esta casa localiza-se na aldeia de Peraboa, no sopé da Serra da Estrela. O licenciamento do projeto de arquitetura foi efetuado na Câmara Municipal da Covilhã. São vários os componentes que tornam esta casa sustentável:
- A cobertura da casa tem uma só inclinação permitindo encaminhar as águas da chuva para um depósito de águas para rega.
- Por outro lado a construção em light steel frame permitiu elevada eficiência térmica e reduzidas emissões de co2 durante a construção.
- A existência de um pátio permite maior sombreamento nessas fachadas e consequente aproveitamento dessa diferença de pressão para efetuar a ventilação natural dos espaços.
- A tipologia das janelas permite controlar a radiação solar no grau necessário para dotar a casa de um sistema passivo.
- Os painéis solares na cobertura permitem reduzir consumos energéticos
- O espaço exterior recebeu um sistema de aproveitamento da energia geotérmica
Foi com recurso a estes elementos que projetamos esta casa e demos mais um pequeno passo a caminho da sustentabilidade ambiental. Segundo os nossos cálculos a casa consome 12 kWh/m2/year para um agregado familiar composto por 7 pessoas. A Área bruta de Construção é de 360m2. O certificado energético do edifício possui a categoria A+ conforme o método de cáclulo previsto no SCE ( Sistema de certificação Energética de Edifícios)
Reaproveitamento da água
O reaproveitamento da água neste projeto permite sequestrar co2 através da rega efetuada no coberto vegetal sobretudo na estação mais seca.
A eficiencia térmica do LSF – light steel frame
O light steel frame possui uma pegada ambiental mais reduzida durante a construção. Contudo, as vantagens são aida superiores. Assim, permite também quando associado a um isolamento térmico superior a 10 cm uma elevada eficiência energética.
A ventilação natural
Ao desenharmos um edifício longitudinal com um pátio em forma de ferradura estamos a cria um sistema em que existem sempre fachadas somreadas. Nessas fachadas sombreadas podemos assim captar ar com diferenças de pressão que permitem uma ventilação natural dos espaços sem recurso a mecanização que obrigaria gastos energéticos.
A climatização passiva
A colocação de janelas numa proporção correta entre fachada opaca e zona de vidro permite que no interior da casa entre a quantidade de radiação necessária para cada época do ano. Ao mesmo tempo, as zonas com maiores janelas estão protegidas por alpendres.
A produção de energia renovável autónoma
A existência de painéis fotovoltaicos permite equilibrar o consumo efetuado pelos equipamentos domésticos pois existem largas horas de sol disponíveis.
A geotermia em sistema doméstico
O edifício foi implantado numa zona alta de modo a ter disponível numa zona próxima e bem exposta ao sol um conjunto de tubos enterrados a 1 metro de profundidade. Em resumo, este é o processo geotérmico que está apoiado numa boma de calor com 16kw, solução eficiente para aquecimento e arrefecimento.