Arquitetos do Porto
A importância do respeito pela História da Arquitetura, o rigor do desenho e o estudo da arquitetura popular e da cultura construtiva existente são tudo elementos que caracterizam os arquitetos do Porto. Pois percorrendo várias gerações é perfeitamente possível traçar uma linha de pensamento que una todos estes autores.
José Marques da Silva
É arquiteto fundamental no nascimento da Escola do Porto. Enquanto diretor do curso de arquitetura da Escola de Belas artes do Porto, no início do século XX, pratica um ensino assente no rigor do desenho e no estudo dos modelos clássicos. A modernidade é assim acolhida com cautela e pragmatismo, mas sempre que possível introduzida em toda a sua obra. Obras como o Teatro S. João, o Liceu Alexandre Herculano ou a Casa de Serralves mostram bem esta modernidade pragmática.
Carlos Ramos
Carlos Ramos possui uma enorme vontade de incorporar modelos contemporâneos e modernos na sua arquitetura. Por este motivo é convidado por Marques da Silva para lecionar na ESBAP. Torna-se diretor da escola nos anos 50 e 60 do século XX. Alguns edifícios como o Palácio dos Correios na Avenida dos Aliados demonstram a forma modernizadora como encarava o projeto de arquitetura.
Fernando Távora
É talvez o arquiteto mais importante da Escola do Porto, mas também o mais desconhecido do público em geral. Acaba por ser ele durante a sua longa prática docente que teoriza e organiza todo este modo particular de olhar a arquitetura. Leciona durante mais de 40 anos e desloca-se ao estrangeiro constantemente para divulgar o modo como a região do Porto encara a Arquitetura e a modernidade. Fundou no fundo a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. É autor de obras que são a síntese perfeita entre arquitetura popular e modernidade. Em conclusão, destacam-se obras como a Quinta da Conceição em Matosinhos ou do Mercado de Santa Maria da Feira.
Álvaro Siza Vieira
Talvez o mais conhecido do Grande público. Aluno de Távora na ESBAP vai ser responsável por obras públicas de enorme relevância internacional como a Habitação Social na Malagueira em Évora, o Pavilhão de Portugal na EXPO 98 em Lisboa ou o Museu de Serralves no Porto. Desenvolve uma arquitetura de formas puras e hábeis assentes no desenho à mão e na relação com os edifícios envolventes. Recebe um prémio Pritzker (o galardão internacional individual mais relevante para a arquitetura).
Eduardo Souto de Moura
Foi colaborador e aluno de Siza Vieira. É talvez o último arquiteto da Escola do Porto a ter acesso a obra pública de dimensão relevante internacionalmente. Este arquiteto é autor de obras como o Metro do Porto ou o Estádio de Braga. Também recebe o prémio Pritzker. Produziu obras de uma simplicidade formal extraordinária. É também o mais minimalista de todos os arquitetos da Escola do Porto.
Os arquitetos da Utopia
Bernardo de Chartres escreveu sobre a importância de sermos anões aos ombros de gigantes (em latim: nanos gigantum humeris insidentes) Ora, é precisamente isso que sentem os arquitetos do atelier Utopia. O arquiteto Ricardo Tedim Cruz é formado na FAUP e é colaborador de Souto Moura durante mais de 5 anos. A arquiteta Susana Barros Vilela é formada na FAUP e também aluna de Fernando Távora e Siza Vieira. Em suma, apesar de todas as contingências da atualidade portuense apoiamos a nossa prática nos gigantes do passado, tentando atualizar as suas práticas todos os dias às necessidades dos tempos de hoje.
Nesse sentido, os arquitetos da Utopia estão sempre disponíveis para ouvir o seu desafio. Assim, se precisa de um arquiteto no Porto contacte-nos por mensagem acedendo à nossa localização na página de contactos.