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Lar de Idosos

Projetar um lar de idosos bem organizado é um trabalho em que o arquiteto está altamente condicionado. Ou seja, existem sempre fortes condicionamentos legais, baixa disponibilidade orçamental do promotor e as contingências do lugar onde se implanta. Ao mesmo tempo, uma residência sénior é sempre um programa com custos altamente elevados quer ao nível dos equipamentos, quer pelas implicações de baixa ocupação para um correspondente valor elevado em área de construção. Por conseguinte, toda a otimização é essencial.
No que à funcionalidade diz respeito, convém salientar que o quarto, a casa de banho e a circulação apresentam elevadas dimensões para circulação. Ao mesmo tempo é importante sublinhar a importância de espaços como os de estar e comer, tratamento médico dos idosos, de lavandaria, de cozinha, atividades recreativas, vestiários e sala do pessoal, gabinete de atendimento, receção e elevador quando necessário.
Para além da câmara municipal, os pareceres prévios da segurança social são também sempre vinculativos. Adicionalmente, há que considerar o parecer da delegação de saúde competente pois poderão solicitar alterações ao projeto.

Como criar um Lar de idosos

Para desenvolver um lar de idosos de raiz é importante antes de mais estudar o mercado. Identificado o público-alvo, as respetivas características do mesmo quanto a rendimentos, habilitações literárias, hábitos culturais, idade, condição de saúde e outros, é altura de contactar os serviços da segurança social territorialmente competente. Poderá assim perceber se a sua análise do mercado coincide com as carências públicas detetadas.

Em seguida, deverá analisar os terrenos ou imóveis disponíveis para implantação do lar e contactar um arquiteto para verificar a real edificabilidade ou legalidade da operação. Do mesmo modo este profissional poderá também antecipar-lhe já alguns dos custos de construção e dos prazos necessários para conclusão do investimento. No nosso atelier fornecemos adicionalmente informação relativa a temas como os fundos comunitários e os custos de gestão de um equipamento desta natureza. Estas informações são absolutamente essenciais para que possa fazer um plano de negócios bem elaborado, realista e detalhado.

Tenha em atenção que os primeiros tempos serão de rentabilidade mais reduzida até ao momento em que atinja uma taxa de ocupação suficiente para obter resultados positivos. Desse modo, uma boa campanha de divulgação junto dos mercados alvo pode anular este problema e fazer com que esta questão nem sequer se coloque.

Arquiteto para lar de Idosos

Escolher um arquiteto para um lar de idosos é uma tarefa de extrema importância na exata medida em que condiciona enormemente o sucesso do investimento. Se é certo que o mercado alvo é analisado pelo investidor, é também evidente que grande parte das respostas a esse mercado são do foro técnico e do conhecimento de um profissional com experiência em programas geriátricos.

Deste modo, o arquiteto pode garantir que os espaços do lar estão de acordo com as necessidades funcionais e culturais dos futuros utentes do mesmo. Isto é, não é a mesma coisa decorar um espaço para um segmento alto ou médio baixo. As escolhas deverão também ter em conta o investimento inicial disponível e os custos de manutenção. O arquiteto é o profissional indicado para o apoiar nessas decisões.

 

A importância da legislação

É conveniente referir que um lar de idosos é um programa altamente condicionado do ponto de vista legal. Existe uma enorme diversidade de legislação que incide sobre este investimento. Conhecê-la é fundamental. Condiciona o investimento e interfere de enorme maneira na sua gestão. O cumprimento da mesma é verificado regularmente por entidades públicas e o seu incumprimento é razão suficiente para suspender a atividade. Informe-se previamente junto do nosso gabinete de arquitetura sobre todas as questões que o preocupam.

 

Tipos de Lares de Idosos

Embora o mercado seja altamente regulado do ponto de vista legal, verificamos que neste momento existem algumas tendências no que diz respeito ao tipo de serviço prestado e aos mercados que o acedem preferencialmente.

 

ERPI

A sigla significa Estrutura Residencial para Pessoas Idosas. Embora pouco conhecida popularmente esta é a denominação que muita da nossa legislação prevê. Contudo, na prática é exatamente a mesma coisa que um lar de idosos. Em suma possui as mesmas exigências legais com uma sigla mais institucional.

 

Residência Sénior

Mesmo sendo licenciado exatamente como um lar, alguns equipamentos procuram assumir um carácter mais próximo do que poderia ser uma residência. Privilegia-se a dimensão mais pequena no equipamento, com menor número de camas e um atendimento mais personalizado.

 

Equipamento Geriátrico

É no fundo o protótipo daquilo que a legislação pretende. Trata-se de um lar altamente equipado com todos os requisitos que a lei prevê e com enormes otimizações de custo. A componente médica é fundamental e é orientado sobretudo para um segmento baixo e médio.

 

Hotel Sénior

Trata-se de um lar de idosos localizado em ambiente turístico e destinado a um público que frequenta estes equipamentos. É, todavia, um investimento destinado a um segmento alto.

 

Residências assistidas

Trata-se de apartamentos que associados a um lar de idosos disponibilizam todos os cuidados necessários à vida do idoso sem que este tenha de necessariamente conviver com quem não pretende. É um serviço para quem pretende total independência e pertence a um segmento elevado.

 

Lar com serviço ao domicílio

É uma tendência do mercado clara. Uma enorme quantidade da população gosta de envelhecer em dignidade na sua própria casa, seja por razões culturais ou económicas. Os lares têm de estar preparados para esta evolução e disponibilizar meios humanos e materiais qualificados para dar apoio a idosos. Necessitam de viaturas e espaço para a logística envolvida, mas é sem dúvida um investimento de futuro.

 

Espaços necessários num lar de idosos

Um lar de idosos deverá possuir impreterivelmente um conjunto mínimo de espaços necessários de acordo com a legislação em vigor. Essas funções ou valências estão divididas entre zona pública e zona de serviço.

 

 

Zona pública

Incluímos na zona pública os espaços obrigatórios que poderão ser visitados pelos utentes e familiares mais regularmente.

 

Átrio ou Receção
Espaço de vestíbulo para receber visitantes ou utentes.
Sanitários
Casas de banho divididas por género e incluindo acesso a pessoas de mobilidade reduzida ou condicionada através de espaço autónomo ou integrado em cada género.
Sala de convívio
Zona de relaxamento e estar destinada à sociabilização entre utentes ou com visitantes. A sua dimensão deverá ser proporcional à capacidade de alojamento.
Sala de refeições
Espaço destinado às refeições comuns dos utentes. A área deverá estar de acordo com o número de idosos alojados. Deverá preferencialmente incluir uma copa de limpos e de sujos.
Quartos dos idosos
A lei prevê um número máximo de quartos por ala e um máximo de idosos por quarto. Os quartos poderão ser individuais, duplos ou superiores. Todos deverão possuir um sanitário privativo com as dimensões mínimas para pessoas de mobilidade condicionada.

 

Zona de serviço

Incluímos na zona de serviço os espaços obrigatórios que só podem ser visitados quando acompanhados por funcionários ou que se destinam ao uso destes. .

 

Cozinha e copa
Deverá estar devidamente ligada a uma entrada de serviço, depósito de lixos, arrumos de comida seca e frios e finalmente a arrumos de limpeza.
Sala de banho assistido
Dependendo do número de idosos e da área do piso poderá ser necessário incorporar uma casa de banho autónoma para pequeno cuidados médicos e para providenciar banhos a idosos.
Administração e gabinete de atendimento
Deverá ser prevista uma zona administrativa com possibilidade de atendimento público de modo a permitir reuniões com familiares, fornecedores ou técnicos de Acão social ou jurídica.
Zona técnica do pessoal
Deverá possuir uma entrada de serviço autónoma (preferencialmente poderá dar também acesso à cozinha) e incluir wc do pessoal e vestiários (com cacifos e duche) e respetiva sala do pessoal para descanso dos funcionários.
Arrumos gerais e da limpeza
Trata-se da zona prevista para armazenar mobiliário e produtos e utensílios de limpeza.

 

Centro de dia

Muitos lares acabam por incorporar um serviço altamente ajustado aos dias atuais e que se denomina centro de dia. Trata-se no fundo de um espaço ou serviço em que se praticam todas as atividades previstas e ajustadas a idosos com a exceção da dormida.

Os idosos poderão conviver, aprender novas competências, sociabilizar e desenvolver atividades físicas e rastreios médicos. Mantêm, todavia, o seu quarto na sua residência e deslocam-se autonomamente ou com auxílio para casa. Este modelo apresenta custos mais baixos e acaba por representar melhores resultados fruto do envelhecimento ativo que proporciona.

Projetos de Lares de Idosos

As residências para idosos são programas altamente exigentes do ponto de vista legal e complexos do ponto de vista funcional. Exigiram dos nossos arquitetos um pleno conhecimento da legislação e do funcionamento de um lar de idosos. Ou seja, para além do conhecimento dos espaços necessários, foi essencial o domínio da legislação de acessibilidade. por conseguinte, esta acabou por condicionar não só a capacidade instalada como todos os aspetos relacionados com a circulação dos idosos no interior e exterior das nossas residências seniores. Contudo, a rentabilidade e a qualidade da arquitetura mantiveram-se em todos os casos. Em resumo, veja aqui alguns dos projetos de lares de idosos que desenvolvemos.