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Coronavírus e Arquitetura

O surgimento da pandemia Coronavírus que no início de 2020 colocou praticamente todo o mundo em quarentena tem não só consequências claras no modo em como a arquitetura é percecionada por todos como também coloca novos desafios aos arquitetos. Este tipo de eventos já aconteceu ao longo da História, mas tem contornos específicos e novos. Por um lado, os ateliers de arquitetura e engenharia têm de adaptar os seus procedimentos de modo a eliminarem o risco de contágio entre os seus colaboradores. Por outro lado, as soluções de projeto têm de permitir um combate eficiente à pandemia do coronavírus. Deste modo, a Utopia – Arquitectura e Engenharia Lda está não só comprometida com as boas práticas de higiene e saúde no trabalho como procurará desenvolver as melhores soluções de projeto que permitam nos anos futuros lidar com eventos desta natureza com maior eficácia.

A Arquitetura e o Coronavírus - Construir depois da pandemia
Construir depois da pandemia

Os arquitetos e o coronavirus

Em ambiente de trabalho os arquitetos comprometem-se a seguir as orientações de instituições como o ministério da saúde e a organização mundial de saúde que já decretaram o fim da pandemia. Contudo, muitas medidas que melhoraram a higiene e a segurança são ainda úteis.

Propomos o mesmo aos nossos clientes, dando sempre a oportunidade de realização de videoconferências e no caso de realização de reuniões nas instalações temos os recursos disponíveis para fazer cumprir as recomendações das organizações de saúde.

As pandemias já ocorreram na história, em particular no século passado, e como tal, podemos aprender com as estratégias e erros do passado.

As soluções de projeto que mais eficazmente combatem as epidemias já eram utilizadas pelos arquitetos da Utopia. Se, entretanto, reforçarmos os projetos com medidas específicas para o combate ao coronavírus ou outas pandemias podemos com segurança encarar este passado como uma oportunidade para elaborar com cada vez mais eficácia uma arquitetura de qualidade para todos.

Epidemias ao longo da História e seu impacto na Arquitetura

Ao longo da História sempre houve epidemias. Na idade média a peste negra fez com que as cidades se fechassem entre muralhas e exigissem confinamento e restrições à entrada de estranhos à mesma. Muitas das medidas preventivas contribuíram para o agravamento das epidemias como o erro de eliminar gatos. Os gatos eram associados à transmissão da doença. Contudo o transmissor era o rato. A morte dos gatos ainda piorou o número de contágios. Em suma, temos de aprender com estes erros e não permitir que o pânico piore os resultados da epidemia.

O século XIX

No século XIX várias epidemias assolaram o nosso território. A resposta foi pela primeira vez a fuga para o entorno da natureza. Foram construídos edifícios conhecidos como sanatórios nas montanhas, nas florestas, nas zonas verdes próximas das praias. Estes edifícios eram usados para recobro dos enfermos de classe mais elevada. Ao mesmo tempo, surgem espaços como largas varandas, estufas de plantas, espaços exteriores pavimentados e janelas mais generosas. As casas de banho tornam-se finalmente essenciais na habitação e são instaladas na generalidade dos prédios urbanos. Há também investimentos públicos significativos em saneamento e higiene. As ruas passam a ser limpas regularmente e surgem parques ajardinados no interior das cidades. O combate às epidemias, paradoxalmente ou não,  acabou por melhorar a longo prazo a qualidade de vida nas cidades e no campo, assim como melhoraram a saúde e higiene dos cidadãos, aumentando a esperança de vida.

A primeira metade do século XX

No início do século XX, as epidemias que assolaram o território europeu como foi o caso da pneumónica ou gripe espanhola foram também transformadoras dos projetos de arquitetura. O impacto da epidemia foi tal que surge a necessidade de criar uma nova arquitetura que privilegie a radiação solar com janelas francas e ventilação natural.

Os arquitetos passam a defender ruas largas, mais arborizadas que permitam fazer chegar o sol e ar puro a todos os cantos da habitação. Surge a cobertura horizontal e o uso de terraços para banhos de sol saudáveis. As casas de banho passam a ser instaladas em todos os sectores da casa. As lavandarias e as cozinhas são também espaços que passam a ter equipamentos específicos que promovem a higiene e saúde. A periferia das cidades passou a ser vista como o espaço mais saudável para viver.
Assim uma vez mais a sociedade arranja novas soluções que melhoram a vida das pessoas. Contudo, os centros históricos passam a ser vistos como promotores de doença e são vistos como um problema a demolir. Novamente as boas soluções são acompanhadas de exageros e erros que penalizam a nossa qualidade de vida.

A vaga higienista da segunda metade do século XX

Nos anos 60 do século passado surgem as grandes vagas legislativas. Os edifícios passam a ter que ter obrigatoriamente ventilação em todos os espaços, luz natural mínima, áreas mínimas, acabamentos que permitam a limpeza, infraestruturas de água e esgotos com capacidade mínima, etc. Os edifícios têm de ter afastamentos mínimos que permitam a entrada de sol. Todas as habitações legais passam a ter de ser servidas por água e esgotos. Enfim, todo um corpo legislativo com vista a garantir que as epidemias são combatidas. Grandes avanços ocorrem na higiene e saúde da população novamente. Mas infelizmente, os exageros também ocorreram e largas zonas dos centros históricos são demolidas pois eram consideradas fontes de doença.

O que restou do combate ao COVID-19 no Projecto de Arquitectura

É natural que se acumule ao longo do tempo mais legislação promovida pelos agentes de saúde em coordenação com os arquitetos que venham a complementar esta informação. Em todo o caso, a generalidades das medidas já eram aplicadas por nós pois constituem boas práticas de higiene e saúde. Geralmente são resultantes de dois conceitos: higienização e controlo de acessos. Em suma, mesmo acabada a fase de pandemia, estas medidas são sempre valor acrescentado ao projeto.

Máxima área exterior permeável e arborizada

Áreas exteriores arborizadas melhoram a qualidade do ar e consequentemente reduzem o risco de complicações respiratórias.

Entradas nos edifícios com acesso a espaços amplos

Os vestíbulos amplos permitem distanciamento social e impedem a transmissão de doenças por contágio em caso de epidemia.

Máxima radiação solar possível 

As fachadas devem ter a máxima radiação solar possível, devendo ser aumentadas sempre que possível as áreas envidraçadas. Contudo devem ser protegidas com proteções exteriores e evitados exageros.

Máxima renovação do ar

Devemos utilizar a ventilação transversal de modo passivo garantindo que o ar é renovado continuamente.

Facilitar a higiene dos equipamentos

Evitar equipamentos de climatização que necessitem de filtros ou condutas de ar. Ao mesmo tempo equipamentos de cozinha ou casa de banho devem sempre ser de facil higienização.

Acabamentos de fácil higienização

Utilizar acabamentos que não se degradem ou acumulem partículas e permitam uma limpeza regular e desinfeção completa.

Quarto de banho de serviço acessível à entrada

Devemos lavar as mãos junto ao vestíbulo ou diretamente a partir das zonas de circulação.

Entrada com lavagem de pés

Sempre que possível deverá integrar-se um lava-pés junto à porta de entrada para higienização dos pés.

Vestíbulo com acesso próximo a sapateira

Próximo do vestíbulo deverá haver um armário para substituição do calçado exterior por calçado interior.

Possibilidade de utilização de casas de banho privativas

Deverá haver uma casa de banho que possa ser afeta a um quarto isolado para infetados sobretudo na habitação.

Prioridade ao controlo de entradas

Controlar quem entra e onde é mais do que uma medida de segurança, uma vantagem no combate à propagação de doenças infeciosas.

As obras da Utopia no combate à Epidemia

As obras que constam do Portfolio da Utopia são um exemplo de como as boas práticas de projeto geram edificações completamente preparadas para ultrapassar períodos de confinamento em perfeito conforto. Ao mesmo tempo as obras que projetamos permitem uma fácil higienizarão de todos os espaços e renovação de ar verdadeiramente eficiente. Destacamos ainda a relação com a Natureza que tanto promove o confinamento em conforto como protege o ambiente em que vivemos. Não podemos deixar de referir a importância que damos a funcionalidade e ao controlo da radiação solar, praticas que não só facilitam a vida em isolamento como permitem a redução da propagação da epidemia.

Impacto do coronavírus no Imobiliário

Mudanças importantes na habitação surgiram após a pandemia Há uma maior valorização da casa pois pode ser necessário estar em confinamento. Assim a habitação tem de ser funcional, eficiente, permitir acesso cómodo, rápido e em segurança e higiene desde o exterior. O estacionamento privativo ganha novo valor assim como a habitação unifamiliar. A verdade é que hoje valorizamos as casas com suite, vestíbulos generosos, muita luz, jardim e estacionamento privativo.

Os locais de trabalho como escritórios têm de rever a capacidade instalada para permitir incorporar as medidas de distanciamento e combate ao vírus. Escritórios amplos ou com acesso a estacionamento privativo são novamente valorizados.

As dificuldades de liquidez das empresas decorrentes da epidemia fazem com que mais que nunca seja dada especial atenção à produtividade, custos de manutenção, eficiência, qualidade e higiene dos locais de produção.

Dúvidas sobre A arquitectura e o Coronavirus

Leia nesta secção as questões mais colocadas aos arquitetos sobre  o covid-19 ou como se diz frequentemente em português mais frequentemente coronavirus.

Como cliente posso aparecer nas instalações ou tenho de marcar reunião?

Neste momento, mesmo após o término da pandemia solicitamos a todos os nossos clientes que nos contactem previamente de modo a agendarmos qualquer reunião. Este é o melhor modo de garantir um bom serviço de qualidade aos nossos clientes.

Também fazem as reuniões por videoconferência?

Sim. Muitas das reuniões que fazemos são por videoconferência. Mesmo após a pandemia, é um processo que melhora a produtividade e permite-nos chegar mais rápido aos nossos clientes e parceiros.